E eu, aqui.

Tanta coisa lá fora e eu aqui. Presa dentro de mim. Tanta vida, tanto mundo, tanto tudo. Tanto. E eu aqui. Pequena dentro de mim. E agora já não dá.
Agora eu quero ver o mundo. Porque eu já não caibo dentro de mim. Eu preciso ir. Preciso me esparramar, me despejar no mundo. Ver as coisas, as pessoas, a vida. Preciso sair. Já não dá mais pra ficar. Eu quero sair de mim.
Meus olhos estão querendo ver, minhas mãos querem apalpar, qualquer punhado de vida que se possa degustar. Quero pegar, sentir, tocar.
Quero espaço para viver as tantas vidas escondidas dentro de mim. Vê o que ainda não vi, viver o que ainda não vivi, senti o que ainda não senti. Ser quem ainda não pude ser. Não quis. Não fui.
Ser. Assim sem objeto, sem predicado, sem limites e sem limitações. Ser sem contestações.
Meu mundo aqui dentro abre espaço para o mundo que está lá fora. E há tanto mundo. E tanto espaço.
Aqui. E lá.

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