meu cais no caos.

Tudo o que sei é que tudo passa, e é nisso que eu prefiro depositar as minhas acreditâncias. 

Confesso que minhas orações são carregadas de pedidos, mas não deixo de agradecer- todos os dias- por tudo! Peço paz, peço para que Deus aumente minha fé e minhas forças, que segure em minhas mãos e me ajude a caminhar, que tome tudo em Suas mãos. E é por isso que sigo ainda de pé! Porque há quem me levante de todas as quedas. Há quem me perdoe de todos os erros, antes mesmo de eu me perdoar por eles. Há quem não me deixe e quem me ame incondicionalmente antes mesmo de qualquer coisa. E é nessa certeza infinita que meu coração faz morada. É nessa gratidão que não se finda onde eu posso ancorar minhas orações. É nesse amor bonito que a minha fé se finca.

E é assim, calmaria para as minhas tempestades. Cais para o meu caos. 

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minha oração.

Minha oração é para que meu coração encontre abrigo na paz de Deus. 

Pra que Ele remova minhas angústias e aflições, e me cubra de cuidados e proteção- como Ele sempre faz. Há dias em que eu preciso de um pouco mais de tudo isso- um pouco mais de afago na alma, um pouco mais de colo. 

Minha oração é para que eu me desate dos medos e fortaleça os laços com a fé.

E que em momento algum eu deixe de sentir que há sempre quem me proteja e livre de todo o mal.

Minha oração é para que meu coração encontre paz. 

sobre recomeços.

Não importa de quantos recomeços sejam feitos os teus caminhos, apenas agradeça por poder recomeçar. Recomeços são chances. Poder recomeçar é só uma demonstração do carinho e do cuidado de Deus contigo. Ele te permite tentar várias vezes, cometer vários erros até que acertes. E é isso o que te faz crescer- cada vez melhor: podar-se, reflorescer, dar bons frutos. São os recomeços que te permitem se construir. Não importa quantas vezes você errou, preocupe-se apenas em não repetir os mesmos erros. Seja reflexiva com teus fins e grata com teus inícios. Plante coisas boas, faça o bem, seja paz, semeie amor; por mais tortos que pareçam os caminhos no fim tu há de colher tudo o que plantastes- o que importa é que as sementes sejam boas. E não tenhas vergonha de recomeçar sempre, de tentar mais uma vez, de levantar depois de um tombo grande, de cuidar dos calos e das feridas, entrega teus planos nas mãos de Deus e confia nos teus recomeços, na hora certa todas as boas sementes hão de brotar. 

dos meu segredos.

Te contaria os meus segredos se eles não fossem tão meus a ponto de não querer dividi-los com ninguém. Dividiria com você todos os pensamentos, sentimentos e emoções não fosse a vontade que tenho de esconder as minhas fraquezas, embora às vezes a vontade que tenho é de jogá-las no colo de alguém e me esconder debaixo de um abraço, receber um cafuné e ouvir que vai ficar tudo bem. Tenho um humor terrivelmente instável. E às vezes não consigo sair da fossa em que eu mesma me coloco- tenho uma mania boba- às vezes- de me jogar para baixo só com um olhar. E isso eu também não gosto de dividir. Não gosto que saibam como eu me sinto quando eu percebo que os esforços não estão fazendo efeito, que meus passos estão amarrados e eu não consigo encontrar um novo caminho. Quando não consigo me encontrar- ou não quero. Não gosto de compartilhar a culpa que sinto comigo mesma pelos meus fracassos. Não é falta de confiança, te contaria tudo e um pouco mais do que se passa aqui dentro não fosse a vontade que tenho de esconder minha falta de confiança e o meu cansaço comigo mesma. Tem certas coisas que são tão minhas que só consigo dividi-las comigo mesma.