Eu pensei que nunca fosse para de doer. E não parou.
Achei que as lágrimas nunca fossem secar, porque até hoje eu me lembro da dor. Ela não tinha tamanho. Ainda não tem. E às vezes ainda me pergunto porque você se foi.
Eu tentei enxergar, criar, entender as respostas, mas elas nunca vieram. Talvez nunca venham. Talvez eu nunca as enxergue. Porque a dor não me deixa ver, nem vai me fazer entender porque você se foi. Eu nunca vou entender.
E eu sei que você se foi. E ainda assim você ficou, num lugar que eu só posso te sentir. Sem te tocar. Isso também dói. E dói sem tamanho também.
Dor que de repente foi se transformando em lembrança, dessas que traz uma saudade danada... Saudade sem tamanho também. Que às vezes chega a doer. Que de tanta dor fazem as lágrimas cair. Eu tento, confesso que tento parar. Parar de chorar. Parar de lembrar. Não que eu queira te esquecer (eu nunca, nunca vou te esquecer!) mas se eu não parar de pensar, meu pranto não vai cessar, a dor vai consumir meu coração. Dor que chega a machucar. Dor de saudade. Dor que não tem fim. Saudade também.
Porque tudo ainda me dói. Me dói a saudade, dói a lembrança. Tantas lembranças... e mesmo doendo você ainda é a melhor delas.
E mesmo assim eu guardei. Guardei as fotografias, guardei as lembranças também, não quero pensar, não quero lembrar o quanto ainda me dói.
E eu sinto tanto a tua falta. Tanto.
Sinto. A tua presença. Só sinto. E sinto ainda o amor que tenho por você. Tenho. Sempre vou ter. Terei.
Terei a dor também. Dor que eu não consigo explicar. Nem descrever.
E eu que queria as melhores palavras, que tentei as mais belas frases, que tentei o melhor de mim, pra falar do que era maior em mim, sei que ao menos em vão eu não tentei, porque ao menos consigo dizer,
você sempre será minha melhor lembrança e a minha maior saudade.
E eu sinto tanto a tua falta.... tanto que chega a doer.