(Embalada ao som de Marcelo Camelo)
Estou embalando a dor . Estou tentando respirar alguma coisa além de tristeza.
Estou travando o choro na garganta- e uma vez ou outra alguma lágrima cai- porque é inevitável, mas eu estou tentando.
Meu esforço agora é de sobreviver, de conviver com a dor sem sofrer. Porque há coisas que a gente não pode mudar, por mais que a gente queira. E meu Deus, como eu queria mudar!
Mas uma hora a gente cansa, porque o corpo já não aguenta se entregar a tanta tristeza.
A gente cansa. Eu estou cansando.
E isso não quer dizer que acabou o amor.
Amor não acaba. Nunca.
O que acaba são as forças.
E a gente guarda toda aquela esperança numa caixa bem bonita, toda enfeitada de fita, pra quem sabe um dia, ou um nunca mais.
A gente guarda as coisas lindas.
A gente vai vivendo- vai tentando.
E haverá amor, haverá saudade, mas eu quero sorrisos também.