Meus passos, que antes inseguros calcavam sobre ilusões, agora pisam firmes. Em solo estável. Real.
O coração cessou de doer, as feridas cicatrizaram. As lágrimas secaram. Tudo aquilo que me angustiava já não me angustia mais. Viraram verbos conjugados no passado. Num pretérito imperfeito que não me pertence mais. Aprendi a domar o tempo. Ou me domar diante dele. Deixei de lado as fantasias, o sofrer que não cessa, a dor que parece não ter fim. Recebo de braços abertos o que a vida tem pra dar. O que eu quero receber. E o que desejo conquistar. Aceito. De braços abertos.
Porque não vou cruzar os braços. Nem me sentar à espera de um milagre. O meu milagre está em cada nascer e em cada pôr do sol. Vou desejar o que me cabe. Recolher o que me é dado. Agradecer. Viver. E agradecer. Porque eu já tenho tudo. E que não tenho Deus me dá. Eu já não peço. Só recebo. Agradeço. Vivo. E despejo no mundo minha vontade de viver. E ser feliz.
Porque agora é assim: Se não for me fazer feliz, que nem venha me incomodar.
Texto reflexivo, poético, onde cada vírgula, vogal, consoante, foi retirada da essência que forma a autora. Texto fruto da introspecção, resultado do instante em que a escritora volta seu olhar não para o mundo mas para si e conclue de forma magnífica: se não for me fazer feliz, que nem venha me incomodar. Matou a pau, baby. Beijos.
ResponderExcluirAmiga, me identifiquei muito, muito com seu texto...
ResponderExcluirMuitoo lindo, realista e poético ao mesmo tempo.
Você está a cada dia uma escritora melhor!
Amo seus textos e a forma como retrata seus sentimentos.
bEijoos
Simplesmente Monalisa Macedo!!!!
ResponderExcluirO que nais gostei també foi: "se não é para me fazer feliz que nem venha me incomodar..." Concordo que o que não faz feliz INCOMODA, por tanto é simplesmente: DISPENSÁVEL!
ResponderExcluirAh, gostei bastante (também) da análise de Ricardo, ele "debulhou"...
Bjs