Meus desejos.
Sou milhares deles.
Calados, gritantes, encobertos, disfarçados. Escritos, descritos, imaterializados.
Cabe em papéis e às vezes não cabe em mim. Cabe em palavras, em gestos. Mas me transbordam incessantemente.
Não cabe em mim as minhas vontades. Não sei onde colocar tantos anseios. Onde guardá-los dentro de mim.
Eu não os guardo.
Eu os jogo ao vento. Para que ele, os leve aonde eles teem de chegar. Para que voltem a mim. Ou para que se percam. Me desencontrem. Para que eu possa me esvaziar e me preencher de novos desejos. De antigos desejos deixados de lado. De desejos sempre desejados. De desejos. Inacabáveis.
Meus desejos são desejos livres. De tudo. De mim.
Por isso que às vezes me parecem tão distantes. Às vezes inalcançáveis. Por vezes incontroláveis. Mas ainda prefiro assim.
E os deixo livres. Para serem. Para acontecerem. Para se realizarem.
Para serem realidade.
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Materialize- se....