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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Meu medo.

Eu não sei se foi tarde ou cedo de mais, ou quem sabe tenha sido no tempo certo. Na verdade eu nem sei quanto tempo ainda tenho, eu já nem sei quanto tempo se passou, já nem sei o que é o tempo.
Mas, o fato é que cheguei até aqui. E aqui estou. Firme, forte, confiante, conflitante. Aprendendo a lidar com meus sentimentos, dúvidas, tormentos, com tudo isso que grita, que se cala, que dorme e que vive dentro de mim. E estou lidando bem, muito bem ( quer dizer, pelo menos é o que eu acho).
Não. Eu não tenho o que reclamar da vida. Não agora. Não aqui. Onde estou.
Como estou.
Porque apesar de todos os meus pesares ( e como pesou! foi de calejar o coração.), o fato é que tudo isso me fez um bem danado. Tudo isso que falo é tudo mesmo. Tudo o que eu vivi, tudo o que eu senti, tudo o que eu passei, errei, sofri, chorei. Eu disse TUDO!
Confesso que nem sei como cheguei a esse estado de compreensão da vida. Também não é que eu não tenha mais o que aprender, muito pelo contrário há muito, muito o que aprender ainda. Eu também nem sei se toda essa minha organização é passageira. Sempre há uma coisinha pronta para nos tirar do sério, para nos tirar dos eixos, pra bagunçar a nossa vida.
Mas eu pretendo saber lidar com esse tipo de coisinhas também. Pelo menos eu pretendo (e espero conseguir).
E é disso que tenho medo. Medo dessa compreensão, dessa minha aceitação das coisas, da vida, de tudo. Tenho medo que isso acabe. Que eu me desorganize, (é.às vezes tenho medo da desorganização). Tenho medo de mim. Medo de falhar, de me perder do que sou, do que me tornei. Medo de perder em mim essa certeza que eu posso ser feliz. E sou.
Tenho medo de viver tudo aquilo que eu fiz questão de esquecer, de perder esse jogo de cintura, de perder o controle de mim. Tenho medo desse medo. Que me atormenta, me incomoda, me inquieta. Mas que é só medo, medo do que ainda não vivi e espero não viver, ou reviver, não importa. Apenas medo.
E ,eu, só desejo que ele passe, que a vida passe, que meus desejos permaneçam. Que permaneça em mim esse equilíbrio e essa certeza de que tudo passa.
Inclusive o medo.

Um comentário:

  1. Menina, nem me fale em medo, eu sou medrosa em todos os sentidos, todos, todos mesmo! Nunca me arrisco, e finjo que é por não saber o que quero, ilusão, não me jogo por medo. Parabéns pelo texto lindo, ahhh nem sei mais o que dizer, você sabe que é boa no que escreve, e com certeza, és um ser humano em crescimento, que merece o melhor dessa vida, deixe o medo, arrisque-se!!! Linda!

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