Bosquejos

Costumava fazer rascunhos. Esboços de sentimentos, pensamentos , declarações. Costumava guardar em minutas o que às vezes o pensamento esquecia, mas o coração ainda que vagamente se recordava. Gostava do sabor nostálgico das coisas que senti, que vezes trazia dor, outras boas lembranças. De sentir novamente. Recordar.  E por não querer mais trazer a memória às vezes o que de fato eu queria esquecer os rascunhos foram findando-se. Com o tempo meus esboços inacabados tornaram-se inexistentes. também pelo fato de não querer correr o risco de alguém devorar meus sentimentos, ou me tornar eu ao ler bosquejos de minh'alma. Não queria que ninguém descobrisse o que eu ainda não descobri em mim. O que eu sou. O que eu sinto. Eu gosto do meu mistério de me ser.
Agora, só deixo traços, só  faço rascunhos em meus próprios pensamentos. Às vezes o  vento leva. Às vezes a brisa os trás. E o que não vira descrições de minha imaginação, o que não se materializa em forma de expressão apenas dá lugar a novas idéias. A novos rascunhos acabados e inacabados do que há dentro de mim.   

3 comentários:

  1. Muito belo texto, very poetic, but... rs
    Descordo na parte em que você diz que suas idéias não se materializam.
    Elas podem não estar nos papéis, mas aaqui está. Mesmo não vindo da forma como você imagina, um pedacinho do que vc pensa está contido neste espaço. Portanto, eu posso me tornar vc lendo o que vc deixa escapar dos bosquejos da sua alma. ;)
    rsrsrs
    Onda, amiga. Só pra descontrair :)

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  2. acho que foi isso o que eu quis dizer...
    o que se materializa fica aqui, intrínseco, inteiro, ou em pedacinhos, o resto que se vai abre espaço para novos rascunhos.
    eu deixo vc me ser um tantinho, mas nn sei se é lucro não,
    rsrs

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  3. Ok, entendido!
    Brigada pela permissão. hehe

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Materialize- se....