Algo está fora do lugar. Sinto. Meu coração bate em ritmo descompassado. Sentimentos alados me despertencendo. Me reduzindo a um único pulsar. Reduzindo me ao nada. Limitando-me a só o que sinto e não o que sou. Desagregando meu corpo e meu coração. Já não me sinto. Só pressinto a lassidão. Uma grande extenuação de me ser. De ser o que eu não quero ser, sentir o que eu não quero sentir. Mas é irremissível. Não consigo não fazê-lo. Meus olhos cerrados sentem meu coração esgarçado, contrito. Estupefacto. Vou sorvendo essa dor. Degustando-a. Desgastando-me. Desvanecendo.
Brasileira, Baiana, 25.
Estudante de Engenharia Civil.
Mãe, namorada, amante.
Co-autora do Livro Colorindo as Palavras Nossas Cores, Flores e Sabores.
Carne, osso, poesia e um sentir do tamanho o mundo.
As estações que ficaram
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Não dura pra sempre
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Sobre o que nunca foi e nunca deixou de ser.
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Outra Narrativa
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M. estamos sentados nesta escada e vejo tua cara de choro, a minha cara de
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flác...
Twitter, com certeza..
ResponderExcluirVc vai MUIIITO longe.