pra falar de sonhos.

Se for pra sonhar que seja com toda leveza. Se for pra falar de sonhos que seja com toda força.
Que os sonhos sejam sempre doces. E que haja sempre coragem pra lutar por eles.
Sejam eles quais forem.
O importante é sonhar. Acreditar que vale a pena. Que vai dar certo. E um dia dá.
Porque eu acredito que tudo na vida depende mesmo, é da vontade que vem de dentro, é do querer que ultrapassa o poder, quando a causa é verdadeira. E quando há sentimento. Quando o coração vem carregado de coisa boa.
Quando o sonho nos carrega pelo colo é hora de carregá-lo no coração e fazê-lo realidade.
Porque a gente vive de esperanças e de esperas, de buscas, de querer sempre maior, e o melhor.
De querer além da gente. Querer que transborda por dentro, e por fora. Porque a gente vive é de sonhos.
Sonhos, que mesmo às vezes calados, é o que nos faz viver.
     Sonhos que movem a máquina da vida. E do coração.
                                 Que faz acreditar que pode valer a pena.
Sempre.













[Despojo a alma e o coração, descalço os pés e vou. Ao encontro dos sonhos. Sem pressa de chegar.]

Agora está tudo limpo. (e lindo)

Hoje, acordei bem disposta, cheia de energia, pronta para uma faxina. Uma faxina daquelas de lavar a alma. Comecei por tirar o pó de certas lembranças e separá-las entre as que ainda merecem um cantinho no coração, e as que apenas ocupam lugares, desmerecidamente. Comecei pelas lembranças e rapidamente cheguei às emoções. Estavam meio embaralhadas, confusas, uma misturada à outra, mas eu logo tratei de fazer uma triagem delas, também. Certas emoções eu deixei anexadas as lembranças, afinal eram um par perfeito e se encaixavam perfeitamente. Outras, foram necessárias apartar. Não combinavam mais, e nem faziam bem. Tratei logo de dá-las um destino. Descartá-las. Depois das emoções e das lembranças vieram alguns pensamentos, sentimentos, coisas que há muito haviam se perdido dentro de mim. Havia tanta poeira encobrindo, que quase não consegui identificar. Mas eu limpei tudo, cuidadosamente.
Depois de remover toda a sujeira era a hora de (re)organizar as coisas.
Eu sei que há muito espaço aqui dentro, mas também há muita coisa que não me serve mais. E eu decidi me desfazer de tudo o que realmente já não me importa e nem tem serventia alguma nesse meu coração.  Deu um pouco de trabalho, mas eu consegui.
Algumas lembranças ganharam um cantinho especial, onde  sol brilha com toda força. Outras, foram apenas recolocadas em seus antigos lugares. Algumas, aquelas que se tratam dos erros cometidos no passado, ganharam lugar de destaque. Destaque, sim! Foram todas emolduradas e colocadas no canto mais meu do coração. Pra que eu nunca esqueça o que aprendi com elas, e que nunca os repita novamente.
Depois, de ter colocado tudo em ordem, de ter ajeitado todos os cantinhos do coração, tratei de enfeitar o cômodo mais vazio. Sim, ainda sobrou espaço. Não é muito grande, nem muito pequeno, mas é do tamanho exato.
E cabe muito.
Nele eu vou guardar todas as coisas boas que vierem daqui pra frente. Tudo o que for bom, bonito. E forte.
E por fora, na faixada do coração, eu vou pintar, com as cores mais coloridas que eu encontrar.
E na frente, bem na frente, decorar com milhões de sorrisos a porta de entrada. 

Assim seja.

E que a cada dia o sorrisos se multipliquem. Que multipliquem-se os motivos que fazem sorrir.
Que a gente tenha cada vez mais esperança e fé. Na vida e nos homens.
Que tenhamos sempre, sementes o bastante para fazer florir o bem. E o bom.
Que nada seja capaz de roubar o brilho dos olhos, e nem o calor do coração.
Que tudo o que a gente sente, seja sempre maior que tudo que for mal intencionado e mal direcionado contra nós.
Que o nosso bem seja a arma contra todos os males.
E que a fé em nossos sonhos nos permitam, sempre, enxergar a realidade com mais doçura.
Que a vida nos mostre sempre, mil motivos para sorrir.
E que multipliquem-se os sorrisos. Sempre.

Tudo passa.


Depois de um tempo tudo passa. O que doía já não dói mais.
São lembranças agora.
Guardei na gaveta do coração junto com os retalhos de felicidade que você deixou, junto com as respostas que nunca vieram. Com as dúvidas que em mim ficaram. E que agora já não importa mais.
Já não me faz falta as migalhas de amor que você fazia questão de me dar.
Agora, só o que é bonito, de verdade e por inteiro me interessa.
Só aceito agora o que me completa.

Dou-lhe asas.

Eu, que sempre tão calada só consigo me expressar por essas palavras, só consigo me encontrar nos meus versos desajeitados, vejo, aqui, os sentimentos mais desarranjados se alinharem de forma organizada.
Talvez, ainda, não consiga transpor toda a doçura que a vida merece, talvez eu ainda não saiba transformar a dor em poesia leve e delicada. Mas vivo constantemente tentando. Pintando as palavras, em suas cores mais bonitas, como se pinta uma tela em branco. Dando vida. Fazendo viver.
Talvez eu só saiba soltar palavras, como pássaros aprisionados que desejam voar, que como pássaros sem destino, assim também as palavras, procuram um ninho, um coração pra se aconchegar.
E elas, as palavras, são minhas companhias mais contantes. O meu momento mais eu.
O melhor momento de mim. E eu as deixo livres.
Porque elas não me pertencem. São donas de si, embora sempre precise de alguém que as façam voar.
Lhes dou asas. As maiores que eu puder.

                                                     .E quem sabe um dia eu consiga, transformar o mundo inteiro em poesia.

cuidadosa nos detalhes.

Olha, eu tenho aprendido a cuidar, cada vez mais, de mim. Antes de qualquer coisa.
Antes de qualquer outro alguém. Tenho sido cuidadosa nos detalhes.
Ninguém pode fazer por mim o que apenas eu sou capaz de fazer. ( eu que antes nem sabia do que era capaz... 
Mas agora sei!)
Eu sei que posso fazer muito por mim, posso ser o que eu quiser, quando eu quiser, desde que me faça bem.
E para isso eu tô me regando todos os dias com fé, amor e uma boa dose de esperança.
E aos poucos me vejo crescer.
Mas não é por fora, não. É por dentro. É por dentro que importa!
E é isso o que tem me tornado forte. Sou eu a responsável por isso. É, e tem também essas coisas da vida, que se não fossem, jamais nos tornaríamos quem somos, mas ainda assim a maior responsável sou eu. A minha vontade de cuidar de mim, e de ser eu. Da melhor maneira possível. Que eu posso. E sei.
Porque tem coisas da gente que só a gente sabe, e compreende, e pode mudar. Tem coisas da gente que é só da gente e ninguém precisa saber.
E eu não posso culpar ninguém por não querer ou não saber cuidar de mim. A gente só aprende a cuidar do que é da gente, e ninguém me pertence além de mim.

Eu e ela. (A Vida)

E a cada dia que passa me sinto mais forte e determinada.
Não me importa o que não der certo, quantas vezes vai dar errado.
Eu aprendi que o que importa mesmo é caminhar. Sem pressa.
Agora eu sei que tudo acontece quando tem de acontecer. Tudo tem  um tempo certo. E eu estou aprendendo a compreender. Aliás, eu ando bem compreensiva com a senhora Vida. Porque ao invés de ficarmos brigando, resolvemos ser amigas. E estamos nos dando super bem. Você não imagina como ela é divertida!
E eu sei que ela tem também o seu lado dramático, e às vezes até sarcástico, mas na maioria das vezes ela é só um romance desses cheios de leveza, gostoso de ler. Tem vezes também que ela só acontece, de um jeito assim meio oco, mas isso logo passa. Porque ela não sabe ficar parada. Nem eu.
... E assim a gente vai acontecendo.
Sem medo e sem pressa.












-Eu e a vida, brincando de sermos eternas.

mundos.


Por fora pareço pequena, mas você precisa me ver de perto, por dentro eu não tenho tamanho.
Às vezes nem caibo dentro de mim de tão grande que sou. E talvez você nem perceba.
Porque eu tenho esse meu  jeito e tô sempre fechada dentro de mim. Espiando o mundo lá fora, esperando alguém que me convide a passear por lá também. Eu preciso sempre de um empurrãozinho, alguém me puxe, que me leve pro lado de lá.
Mas é que às vezes, trancada aqui dentro ninguém me percebe. Isso às vezes é bom. Porque eu tenho um mundo todinho só para mim. Outras vezes, também, eu quero sair, me largar e ir por aí conhecendo outros mundos, outros rumos. Qualquer coisa que seja nova pra mim.
Mas é que eu preciso sempre de alguém que me carregue.
Mas não precisa ser no colo não. Basta que me dê a mão.
E o meu mundo se abre, se mistura e os mundos viram um só.

[...]


E às vezes no meio do caminho eu sinto medo.

Mas não é da estrada, e nem de seguir em frente.
Tenho medo das surpresas que às vezes a vida arma pra gente.
Tenho medo de ser otimista de mais e acabar quebrando a cara.
Medo do inesperado, do inevitável, do improvável.
Medo do que possa me fazer pensar em desistir.
Eu disse pensar. Só pensar.
Tenho receio que meu sorriso tropece por aí em mágoas, que o brilho dos olhos se transformem em lágrimas. Medo do medo que eu posso sentir.

E por isso eu não tenho presa. Mantenho a calma e a alma sempre armada pro que der e vier.
Preparo a cabeça e o coração,
e com um passo a frente e outro sempre atrás, continuo seguindo pelas trilhas dessa estrada,
onde o que os olhos conseguem ver além de mim, é apenas horizonte.
Uma linha infinita no infinito, esperando eu chegar.
                                                                                                                .Respiro fundo. E sigo em frente.

E que eu não desaprenda,

Que eu mantenha sempre um pouquinho de esperança em meu coração,
que eu jamais perca a fé.
Que eu não deixe, nunca, de acreditar que dias melhores virão.
-Porque o mundo está a cada dia pior, e viver está cada vez mais difícil.
Mas que eu não perca, jamais, a minha esperança.
Que eu não perca a leveza, e o meu modo de olhar sobre as coisas,
que eu consiga sempre enxergar o lado bom e o lado do bem.
Que meus olhos possam enxergar sempre mais do que eu posso ver.
Que eu acredite na vida, nos sonhos, sempre.
Que eu não me perca de mim. E que eu saiba sempre me reencontrar.
Que eu acredite, e que JAMAIS desacredite, que NADA é maior que DEUS.
E que eu me mantenha assim. Sempre assim.
O sorriso no rosto e o brilho no olhar.

-Que meu coração transborde só o que for do bem. Amém.

Chego lá.

Eu não tenho limites quando o assunto é felicidade.
Eu não me importo que seja difícil, eu não me importo que dê trabalho,
o que me importa mesmo, é chegar lá.
O que me importa é tentar. E eu vou continuar tentando.
Sempre. Enquanto eu puder.
O que vale pra mim é acreditar, e eu acredito que estou no caminho certo.
Eu não vou parar de caminhar. Sigo escolhendo os caminhos  mais bonitos, mesmo que eles pareçam tortos. Aqueles com mais coração, como diria Caio.
Eu não quero pensar no que pode ser, quero apenas acreditar que vale a pena. Que vale a pena se arriscar.
E eu acredito.
E sigo, sem medo de não chegar.
Sem pressa, receio, sem anseios.
                                                                      [ E eu tenho fé que um dia eu chego lá]

Qualquer coisa que me faça sorrir,

Ando procurando pretextos, motivos, desculpas
a cada passo que dou procurando um motivo para sorrir.
querendo a esperança que não se acaba, a felicidade que não se cala
a alegria que exala, no brilho dos olhos, de cada olhar.
Ando à procura,
de qualquer coisa que me faça sorrir.
Porque um sorriso verdadeiro é bálsamo para alma.
Acalma, conforta, contagia.

Joguei fora as tristezas, guardei as lágrimas no bolso,
E agora, só o que me importa
é o que me faz sorrir.

O destino é um só, e eu continuo tentando.


Eu ando tentando de todas as formas, me arriscando de todos os jeitos

tentando da melhor forma que posso, e sei.
Eu ando tentando.
E no meu tentar vale tudo,
todas as formas de amar, todo abraço, todo sorriso, todo sonhar.
Tudo que for livre das energias negativas,  tudo o que não for mal intencionado, mal direcionado, tudo o que não tiver 'mal' como prefixo.
Aqui só o que é bom floresce. 
Só o que é bonito se cria.
E por isso eu continuo tentando.
 Estou tentando todos os caminhos, qualquer trilha que tenha cheiro de felicidade.
Continuo seguindo.
E mesmo quando o corpo não consegue andar, deixo a alma seguindo em frente, que é pra gente no fim poder se encontrar.
O importante é seguir. Não dá pra parar.
Meus caminhos são vários, mas o meu destino é um só.
E é lá que eu pretendo chegar.


[A qualquer custo. Felicidade]


Ao acordar,



Hoje, não dava pra ver o céu.
Não dava pra ver o sol.
Até eu me escondi dentro de mim.
É que às vezes eu acordo assim.
Mas eu sei que logo passa.
...
Aos poucos o dia amanhece, e eu vou amanhecendo dentro dele.
Aos poucos o céu começa a se abrir, o sol começa a sair, meio tímido, meio sem jeito, querendo me aquecer.
E eu, que não resisto a um raio de sol, que não aguento um céu todinho azul , não me faço de difícil,
logo me abro em flor, saio correndo para perfumar o dia, e em cada esquina começo a florescer.




Já não me importo.

Porque eu já nem me importo se meus passos são curtos, se a estrada é longa
minha vontade de chegar acompanha o compasso do tempo. E é no tempo certo que quero chegar.
Já não me importo com as pedras pelo caminho, com nada que queira atrapalhar o meu caminhar.
Não tenho pressa, não tenho medo, ainda não tenho nem destino certo.
Se o caminho for cheio de flores, de espinhos, eu já não me importo
descobri que a beleza, mesmo, está no meu modo de olhar.
E eu estou aprendendo a ver tudo diferente, mais bonito, mais leve, mais vivo.
Eu tenho admirado a paisagem, mesmo quando ela não é agradável aos olhos, insisto em prestar atenção nas coisas, nas cores, em tudo. Tudo mesmo.
Porque a vontade de ver e viver em mim, é muito maior que a vontade de desistir. E eu não quero desistir.
Não vou desistir.
Porque o que transborda em mim, é sempre o melhor de mim. Vontade de sair, de seguir, de caminhar.
E com o resto, eu já não me importo, o bom de estar vivo é poder viver, querer viver. E eu posso, quero.
E isso me basta.
Não importa o destino, não me importa os caminhos, desejo apenas que seja o melhor, que me faça bem.
E que me faça feliz.
Só.

Transbordando

Hoje o coração está cheio.
Cheio de vontade, cheio de esperança, cheio de fé.
Tá cheiinho de coisa boa.
E tá querendo transbordar.
O sorriso nem cabe no rosto, o coração nem cabe no corpo
Já não tô cabendo dentro de mim.
Hoje , tô nem aí pra tristeza, tô bem aqui pra alegria,
tô só sorriso, tô de bem comigo.
Porque tem dias que o que fica na gente
é só vontade de ser feliz.

E hoje eu tô transbordando.
Então me deixa transbordar.

-Tô bem!

Tô legal.
Tô bem na minha.
Deixando as coisas acontecerem.
Deixando ser.
Do jeito que está.
Sem me preocupar.
Sem me gastar de mais.
Sem me preocupar de mais.
Sem ser de mais, pra quem não está nem aí pra mim.
Tô nem aí, nem aqui pro que vão falar.
Estou economizando um pouco de mim
pra mim mesma.
Afinal, quem mais precisa de mim sou eu.
Eu.
Mas tô bem,
tô legal,
tô bem na minha.
Tô bem mais pra mim.

Aprendendo a dar valor

Uma hora a gente aprende,
e a gente tem que aprender a dar valor.
Dar valor ao que tem. De verdade.
E não ao que se perde.
A gente tem que aprender a reconhecer tudo aquilo que a gente conquista.
A quem a gente conquista. Quem se preocupa, quem realmente se importa com a gente.
Tem que aprender a dar valor,
antes de perder.
Porque nem sempre pode ser tempo de se demonstrar o que se sente.
E uma hora pode ser tarde demais.

Do preto, para o branco.


As coisas andam um pouco diferente por aqui.

Essa coisa de mudança mexe mesmo com a gente.
E tem que mexer.
Tudo muda de lugar, tudo se transforma, se renova
Mudam se os gostos, os gestos, as coisas.
As cores.
De repente a gente sai do preto pro branco.
Tudo fica tão mais claro, tão mais simples
tão mais vivo.
Porque do branco a gente pode tirar todas as cores.
E pintar um arco-íris num céu de qualquer cor.
redesenhar os nossos contornos e
recolorir a vida com as próprias cores.
A cor que a gente quiser.

Me (re)construindo.

Estou me refazendo, me reconstruindo, do melhor jeito que eu sei fazer.
Tenho tido paciência, e acima de tudo esperança.
Deixei meu relógio de lado e estou acompanhando o tempo das coisas.
Estou fazendo tudo da melhor maneira. Que sei.
Nada de atropelos, nada de desespero, ando tomando muito cuidado com o que ando fazendo por aí.
E com o que ando sentindo aqui. Aqui dentro.
Agora eu tô mais cuidadosa, comigo, com as coisas, com a vida.
Tô relax, tô zen, tô bem.
Eu sei que aos poucos as coisas se ajeitam.
Inclusive eu.
Estou aceitando o natural, tô deixando acontecer, deixando ser. O que tem de ser.
Tô me encaixando dentro de mim, e tá cada vez melhor ser eu. Assim desse jeito. Do meu jeito. Cada vez de um jeito novo. Mas com um coração, que é sempre o mesmo.

O que me interessa

Eu agora não choro mais,
não sofro mais, não ligo mais,
e no final de  tudo eu percebi que,
eu ganho mais, eu amo mais, eu vivo mais.
Agora eu só quero o que é bom, o que é bonito e o que faz bem.
O que for de coração, o que vem de gratidão,
sorrisos, abraços, afagos.
O que for doce, o que for leve,
o que for do bem

Agora, só o que verdadeiro me interessa,



Coração, e uma dose de razão, por favor.

Uma vez eu fui só coração.
Tinha aquela ideia que a gente lê, a gente vê ( e acredita) que fazendo assim, no final vai dar tudo certo. E às vezes dá. Outras vezes não.
Porque eu acho, que mesmo parecendo contradição coração e razão tem que se fazer companhia. Tem que andar juntinhos, fazer um acordo, qualquer coisa assim.
Tem que ter harmonia, tem que ter equilíbrio, tem que ter compreensão.
Porque quando é só coração, a gente não vê, não pensa, não imagina, só sente.
E às vezes sente errado, faz errado, e faz um monte de besteira. Faz, vai fazendo.
Até que um dia a gente vê, e percebe, que pra ser bom mesmo, tem que ter razão.

A gente precisa pensar, entender, pra saber o que é certo de verdade, o que é bom de verdade, o que faz bem de verdade. O que é essencial e o que não é. O que é verdadeiro e o que não é. O que é mesmo, lá no fundo, e o que não é. A gente tem que saber.

Tem que pensar. Pra depois sentir. Ou sentir e pensar ao mesmo tempo. Só não pode é se deixar anular. Um precisa do outro. A gente precisa dos dois. E tem que haver os dois. Tem que pensar. E tem que sentir. É que uma vez eu fui só coração.
E deixei de pensar, de me cuidar, de me amar, deixei, e só senti. E me enganei, porque coração às vezes engana, e eu boba que era, nem sabia disso. Mas agora eu sei o que tem que ter.
Tem que ter tudo, na medida certa.

Aos poucos.


Aos poucos eu vejo meu passado ficando pra trás. E isso me dá uma sensação de alívio que nem consigo descrever.
É sinal que a vida segue, e eu estou seguindo junto com ela.
Parece mesmo que as coisas voltaram a se encaixar.
Ainda assim, meu passo é meio desconfiado. Também não posso, nem quero, me iludir e achar que já está tudo bem, tudo certo do jeito que está.
Tudo tem seus processos, sua maneira de acontecer. E ainda há os imprevistos.
Eu tenho que está preparada para as surpresas, para o inesperado. Tudo tem um jeito certo, um tempo determinado, um porquê pra ser e pra não acontecer. E essas coisas eu também preciso entender, pra saber aceitar. E seguir.
Mas o importante mesmo é que as coisas aqui parecem se ajeitar. Talvez de um jeito ainda meio bagunçado, meio atrapalhado, mas é desse jeito que tem de ser. Porque o jeito, o modo, o tempo, a ordem, isso pouco importa, o que importa mesmo é acontecer.
E assim, aos poucos, aos trancos, eu vou me refazendo, reconstruindo o que em mim já não era eu. Abrindo espaços, retomando o compasso.
Aconchegando o que em mim permaneceu, deixando entrar o que de novo tem por vir, abrindo os caminhos, a casa, o coração.
De peito aberto, de mente tranquila, sempre no ponto de recomeçar. Esperando que o tempo passe com tudo o que tem de passar.
Só o que é bom fica. Só o que é bonito me interessa. Só o que tem de ser virá.

O resto, ah o resto deixa pra lá.

Sejamos nós.

Porque bom mesmo é ser quem a gente é. Do jeito que a gente é.
Dentro da nossa imperfeição, que se não fosse, jamais nos faria sermos quem somos.
A gente tem que se aceitar, se gostar, se assumir,
Pra quê se preocupar com o que pensam, e o que vão pensar?
É melhor ser você assim, desse jeito meio torto, que ser um certinho que você não é.
Não vamos nos aprisionar dentro de um corpo que não nos pertence. Vamos nos libertar.
Vamos viver a vida que a gente quer, do jeito que a gente é.
Ser quem a gente quer ser.
Tiraremos nossas máscaras, mostraremos nosso rosto, seremos nós.
Vamos bloquear tudo aquilo que nos impede de sermos felizes, tudo o que atrapalha, incomoda, atalha, atravanca,
tudo que nos tire a lierdade ser o que somos.
Somos livres pra viver, pra escolher e poder ser. Aquilo que a gente quiser.
Aceitem ou não. Seremos o que somos sem intervenções.

São coisas que a vida tem,


É que a vida tem desses desencontros....

Desses que precisam mesmo acontecer, pra que a gente volte a se encontrar.
Desses que por mais que a gente se sinta perdido, na verdade , estamos apenas retomando o nosso lugar.
Reorganizando as coisas por dentro.
E por fora também.
Porque a gente precisa entender que tudo leva um certo tempo, pra acontecer, pra se encaixar, pra dar certo, ou pra não dar. É preciso tempo pra nossas escolhas fazerem efeito, pra nosso eu voltar pro lugar, pra gente descobrir, quem e o quê a gente é , lá no fundo, de verdade. Que é o que realmente importa.
Às vezes o caminho torto é o jeito mais certo que o destino achou pra acontecer e o que parece um desencontro, às vezes, é apenas o jeito acanhado, desajeitado, que a vida encontrou pra fazer a gente ver que no fim tudo há de ter um final feliz. Basta querer. Acreditar. E saber esperar.
É que a vida às vezes tem seus próprios meios de se fazer acontecer, faz a gente se perder só pra poder se encontrar.
E isso é tipo de coisas da vida que a gente nem precisa entender,
porque ninguém sabe explicar. 

Me deixa.

Não me faças perguntas.
Não me digas nada.
Me deixa quieta no meu canto.
Me deixa chorar o meu pranto, se assim eu quiser.
Não me pega,
Não me puxa.
Me deixa do jeito que estou.
Me deixa do jeito que está.
É que às vezes eu me saio do lugar.
Tudo em mim fica meio bagunçado,
meio desorganizado,
e eu preciso me desligar,
pra tudo ser como era antes, pra tudo retomar o seu lugar.
Mas não se importe, não me ligue
Nem precisa se preocupar.
Eu nem preciso de muito coisa, nem preciso de muito tempo,
só preciso desatar o nó.
Porque isso que estou sentindo, nem de tristeza se pode chamar.
Não é tristeza não é nada, é só vontade de ficar só.
E vontade de ser eu de novo, porque às vezes me perco de mim,
e preciso de um pouco de tempo, pra poder me reencontrar.

Você foi o melhor de mim ,e é.

No meu coração estarás, sempre,  intocável. Você jamais saiu de lá, nunca ousei tirá-lo, nem mesmo quando meu coração precisou de uma faxina, ou quando a dor não me deixava calar.
Na memória, tão cheia de marcas, tão cheia de mágoas, tão cheia de tudo, você, é a melhor lembrança. Ocupa as melhores recordações. As que, eu, faço questão de alimentar, para que nunca me saia da cabeça. Nem do coração.
Na minha história, embora a trajetória tenha sido curta, curta sim, porque você ainda podia estar aqui, não fosse o destino, não fosse essas coisas da vida, que já até desisti de entender, na minha história, você é a parte mais bonita, a que eu tenho mais saudade, a que eu sinto a maior falta.
Na minha vida, que se não fosse você nem existiria, você é o pedacinho de mim, que se foi, que eu guardo com o maior carinho, na cabeça e no coração. Com a intensidade tão maior que a velocidade com que você se foi, sem que eu ao menos pudesse dizer adeus, sem que eu pudesse dizer que 'Te amo', sem que eu pudesse...
Você foi o melhor de mim, a minha melhor lembrança, e a maior saudade. Sempre.

A gente descobre, aprende e vive. ( A vida que a gente tem)


De repente a gente percebe que se não fossem os caminhos tortos nunca chegaríamos no caminho certo.

É que a gente faz tanta besteira, passa por tanta bobagem, sem prestar bem atenção nas coisas. A gente custa a perceber que a vida grita pra gente aprender com tudo o que a gente vive. E passa. E erra. E sofre. E é. 

Porque tudo é aprendizado, e tudo isso faz um bem danado.
Quando a gente se toca pra vida é que a gente passa a perceber. 
Tudo tá tão mais claro, tão mais aberto, tão mais bonito, tão ali, pronto pra gente.
Quando se vê que dificuldade é o que faz a gente crescer, e que pra tudo na vida tem um remédio, mesmo quando não se tem cura, tudo fica mais fácil. A gente aprende que pra tudo, e por tudo, é preciso luta. É preciso lutar. E toma gosto pela coisa. Toma gosto pela vida, e passa a gostar de viver. E vive.
Com todos os pesares e 'apesar de' que a vida dá.
Percebe que a graça de viver está em descobrir. Redescobrir. E que é preciso estar atento pra não deixar a vida passar sem que a gente vá com ela. Deixar a vida acontecer, e ir acontecendo dentro dela.
Porque tem muito mais viver, do que a vida que a gente vê.
Tem muito mundo lá fora, e muita coisa aqui dentro, e tá tudo querendo se encontrar.

Tr-ocas

Eu te dei escolhas, te dei caminhos que se cruzavam no meu, te dei chances.
Dei tudo o que eu podia dar e você não soube receber.
Dei tanto de mim, que me esvaziei.
E vazia já não podia te dar, nem me doar, nem oferecer nada que fosse meu.
Porque vazia de mim eu só podia receber.
E você não podia me dar, nem se doar e nem ceder.
Agora, eu já não preciso de você.
Só de mim.
Pra me refazer, me preencher.
E parar de me dar pra quem não sabe receber.
Parei com essas trocas ocas que nada fazem da gente além de nos fazer sofrer.
Parei de me doar, parei de me doer.

Meu eu-palavra.

               -Vivo querendo transformar em palavras sentimentos que eu não sei descrever. Querendo traduzir o eu, que nem eu sei o que sou, em meia dúzia de letrinhas que se entrelaçam tentando dizer alguma coisa. Qualquer coisa.
Eu, que já nem sei por onde andar vivo inventando caminhos, descrevendo trilhas, querendo ser a palavra certa no momento exato. Querendo um jeito de transformar em realidade todos os devaneios que escrevo na tentativa de mudar as minhas verdades. Vivo me escondendo atrás de palavras. Pra ver se me acho, se me encaixo, se me desfaço e me refaço de novo de um jeito novo. Se me transformo em palavra escrita, em palavra dita, em qualquer palavra que me sirva. E que me faça um novo eu.
Vivo querendo um ser diferente do meu, um eu sem voz capaz de dizer, um eu que desliza por entre os dedos,  que grita em silêncio, que  fala sem nada dizer.
Vivo tentando encurtar a distância entre o eu que sou e o que tento ser, e me transforma assim, num eu-palavra,  que na tentativa de dizer às vezes se cala e que se cala na tentativa de dizer.

Descompassada.


Perdi o compasso, mais uma vez.
Andei me distraindo e as coisas saíram um pouco do lugar.
Não posso me dar ao luxo de relaxar que logo saio dos eixos!
Agora eu preciso me recolocar.
Preciso voltar aos trilhos. Me reorganizar mais uma vez.
É que, tudo isso, exige de mim muito esforço e concentração. E além de tudo comprometimento.
E o pior, é que isso às vezes me cansa. Não que eu canse de me manter na linha, seguindo os passos direitinho, me cansa é não poder me descuidar um pouco, dar outras prioridades. Se assim eu faço, tudo desanda.
Tem certas coisas que só andam no meu compasso, seguindo o meu ritmo, e eu não posso me descuidar. Eu sei disso.
Certas coisas dependem de mim para acontecerem. Eu não posso parar.
Por isso, estou me colocando mais uma vez nos eixos.
Retomando as estradas, recolocando cada coisa em seu lugar. Inclusive eu.
E lá vou eu, mais uma vez, tentar me encontrar.
E nada de se distrair de novo viu, mocinha?!


Meus pedacinhos

Pedaços,
milhares deles, uma porção
às vezes pequenos, pequenos de mais, espalhados por aí.
pedaço de tudo que é gosto, pedaço de tudo que é jeito.
Pedaços de mim, que nem mesmo eu sei descrever.
pedaço de amor, de carinho, saudade
um pedacinho de dor, um pedaço de abraço, um pedaço imenso de felicidade.
Pedaços,
milhares deles, uma porção
que se juntassem dariam uma EU, assim bem grande, por inteiro.
se juntassem,
mas eles nunca se juntam.
E eu, continuo assim,
Pedaços.

Hoje eu quero celebrar.

Fechando um ciclo. Iniciando outro. Mesmo que tudo continue do jeito que está. Mesmo que nada mude. Ainda assim, isso para mim vai ser RECOMEÇAR.
Talvez seja um recomeço daqueles que são apenas a continuação. O que não deixa de ser. Talvez nem seja um recomeço pra valer. Mas não importa. Porque, hoje, eu não vou me importar.
Tudo bem que hoje é um dia como outro dia qualquer, mas eu gosto dessa simbologia, dessa forma de armazenar o tempo que nos permite marcar na alma e na pele o tanto que a gente viveu. E eu quero celebrar.
Celebrar o dia do começo, do início, do princípio. E aproveitar para recomeçar a cada novo ano, em um novo dia. De várias formas, de outros jeitos, de vários jeitos. Ciclos se fechando, pra outros poderem se abrir.
E agradecer por ter chegado até aqui. E pedir pra chegar muito mais além.
E ter um dia todinho pra mim. Mesmo que ele não seja. 
E mesmo que ele seja também.
Hoje eu quero celebrar.
Porque a vida é dom, e viver é motivo pra festejar.

Talvez você não entenda,

É que agora eu tenho um brilho no olhar que ninguém decifra, e um sorriso no rosto que ninguém entende.
O corpo leve, a cabeça no lugar.
Agora sim, eu me pertenço de verdade.
Tenho habitado cada pedacinho de mim, até mesmo os inexistentes, os misteriosos.
Quero me ser ao máximo. Quero viver ao máximo.
Quero querer, poder, fazer.
Sem limites, sem restrições.
Fazer tudo do jeito mais doce que eu souber,
que eu puder.
E mesmo que ninguém entenda.
Quero permanecer.
Com o sorriso no rosto. E o brilho no olhar.
Inexplicável ou não, quero permanecer.
Assim, do jeito que está.

Agora eu sei.

Eu, que já nem sei por onde andar,
tenho cada vez mais a certeza de que estou no caminho certo.

Os caminhos são incertos, mas me sinto cada vez pisando mais firme. Aos poucos, eu vejo, os caminhos estão se abrindo, e a cada nova paisagem me sinto mais deslumbrada com a vida.
E, eu, ando me sentindo tão bem.
E tá tudo de um jeito tão diferente.
Tão gostoso. Tão bom.

Talvez nem seja pelos caminhos. Talvez seja só pela vontade de caminhar.
Por poder caminhar.
Acho que fiquei estagnada por um tempo.  Esperando. Esperando alguma coisa, esperando um milagre. Esperando a vida passar. Achei que quando ela passasse por mim, me carregaria. Mas não. Ela passava e me deixava lá. E eu, boba, nem entendia. Eu tinha que ir sozinha. E só então fazer companhia a ela.
Só agora que eu entendi.
E eu descobri que os caminhos não se escondem, que a vida não pára, que a culpa não é de ninguém além de mim.
Eu tinha que sair do lugar, me mover. Precisava ser dinâmica com a vida. E comigo.
E agora eu vejo. Eu sinto.
São tantos os caminhos. E tantas maneiras de caminhar.
Na verdade são tantas mesmo as escolhas.
Porque a trilha pode até ser a mesma, mas o meu modo de caminhar já é diferente.
E isso que faz o meu caminho. Eu, é que faço o meu caminho.
E agora, eu só quero caminhar.

E eu, aqui.

Tanta coisa lá fora e eu aqui. Presa dentro de mim. Tanta vida, tanto mundo, tanto tudo. Tanto. E eu aqui. Pequena dentro de mim. E agora já não dá.
Agora eu quero ver o mundo. Porque eu já não caibo dentro de mim. Eu preciso ir. Preciso me esparramar, me despejar no mundo. Ver as coisas, as pessoas, a vida. Preciso sair. Já não dá mais pra ficar. Eu quero sair de mim.
Meus olhos estão querendo ver, minhas mãos querem apalpar, qualquer punhado de vida que se possa degustar. Quero pegar, sentir, tocar.
Quero espaço para viver as tantas vidas escondidas dentro de mim. Vê o que ainda não vi, viver o que ainda não vivi, senti o que ainda não senti. Ser quem ainda não pude ser. Não quis. Não fui.
Ser. Assim sem objeto, sem predicado, sem limites e sem limitações. Ser sem contestações.
Meu mundo aqui dentro abre espaço para o mundo que está lá fora. E há tanto mundo. E tanto espaço.
Aqui. E lá.