das procuras.

Não quero mais saber de procurar. Nem mesmo motivos.
Quero agora o acontecer natural das coisas. Que veem quando tem de vir. Que são quando tem de  ser.
Sem esperas. Sem ter que esperar. Sem procuras.
É que a busca me cansa, caleja a alma, o coração.
Deixa assim, agora. Deixa vir, deixa ser.
Deixa que o destino se encarregue de colocar os meus pedaços no lugar.
E colocar no meu caminho todas as pedras e flores que eu tiver que encontrar.

do que ficou lá atrás.

E quando eu me lembro das coisas que ficaram lá atrás, as coisas boas eu digo, há tanta vontade de recomeço. De viver de novo as mesmas coisas, mesmo que seja de um jeito novo. Não é desejo de voltar ao passado. É desejo de continuar, de onde parou, a partir de onde estou. É que ficaram tantas coisas boas. E tantas que poderiam não ter terminado. Coisas que ficaram lá por circunstâncias e não escolhas.
Tanta coisa passa sem que eu perceba. Até que uma hora me dou conta.
É que 'vezenquando' eu tenho dessas lembranças. E dessas vontades.
Vontade de resgatar os desejos que ficaram lá atrás. Os sonhos escondidos, deixados de lado. Os risos, as alegrias. Tanta coisa que poderia ter continuado mas acabou tendo um final.
Mas eu ainda acredito. E um dia eu recomeço tudo outra vez. De outra forma, de qualquer jeito. À minha maneira.
Há tanta coisa boa que ainda pode ser desfrutada, tanta vida pra ser vivida, esperando só a gente acontecer.
E reinventar. Recomeçar. Pra viver outra vez.

desafio ;






E eu, desafio o destino mais uma vez. Ainda tenho muita história pra contar e pra viver.

Sei que a vida insiste em me contrariar, mas eu não sou de desistir fácil assim. Não sou, nem vou. Vou continuar.
E continuo.
Continuo pulando as janelas todas as vezes que as portas se fecham. Me jogo, caio de boca na vida e degusto com todo gosto. Eu avanço, encaro. Deixo de lado o que não me faz bem. E, principalmente, QUEM não me quer bem. Tomo minha dose de desapego na dose certa e desvio o coração de todas as más intenções.
Me protejo de todo o mal me vestindo do bem.
Me cubro de sorrisos e saio por aí enfeitando a vida.

movimento

Preciso de movimento. Porque há muita vida dentro de mim e ela não sabe ficar parada. Não sabe, nem quer. E eu também não quero. Quero movimento. Mudar a rotina, me desorganizar, sair de mim. É que sou movida à emoções e esse não-sentir me deixa desnorteada. É tanta calma que nem sei o que fazer com ela. Dias parados. Vida parada. Eu gosto é de vida agitada, de dias preenchidos, corridos. De me gastar pra viver. Não quero que nada pare. Nem mesmo no tempo. Tudo passa. Deixa passar. Eu quero ver a vida escorrer por entre os dedos. Ver a vida acontecer. Ser. Deixar ser. FAZER acontecer.
Estar viva pra mim não basta, eu quero viver!

vale a pena.

     E eu queria te dizer que vale a pena. Vale a pena acreditar. Tentar mais uma vez, insistir.
Sempre há uma coisa boa esperando por você. Mas para isso você precisa caminhar, seguir, você precisa acreditar que as coisas melhores virão. Mesmo quando a vida parece estar contra você.
Porque na verdade, nada está contra você se você está a seu favor.
Acreditar vale a pena, sim.
Acreditar e aceitar. Porque tudo tem um propósito, e há uma razão até mesmo para aquilo que não deu certo, existem milhares de possibilidades à tua espera, e dentro das possibilidade sempre há uma chance de algo maravilhoso cruzar nossos caminhos. É que as linhas tortas do destino estão sempre se cruzando. Deus, ELE escreve certo por linhas tortas, lembra?!
Por isso eu acredito, acredito que o melhor sempre estar por vir.
E é por acreditar que eu vejo as coisas acontecerem.
Acreditar me faz seguir. E eu sigo, acreditando que sempre vale a pena. Viver vale a pena.

insistir, resistir e não desistir.

E eu insisto em remar contra a maré. Eu insisto em seguir, em continuar. Insisto. E continuo insistindo.
Não sei até quando, mas por enquanto é assim.
Porque tem horas que o cansaço me pega de jeito e o desânimo toma conta de mim. Dá uma vontade imensa  de parar. De cessar o passo. De desistir. Mas eu sei que tudo isso passa e vai passar. Se eu quiser.
Basta querer.
Porque eu continuo acreditando. E Deus, colocado sempre à minha frente uma oportunidade de recomeçar o que não deu certo. E Ele me permite continuar. E eu sinto vontade de seguir. Mesmo fraca. Mesmo desacreditada. Dentro de mim sempre há uma esperança escondida, às vezes no bolso e às vezes por trás das lágrimas. Em algum lugar. Qualquer lugar. E ela sempre me faz seguir. Mesmo quando a vida parece caminhar para trás, os meus pés insistem  em dar um passo á frente. E eu vou. Sigo, insisto, persisto. Resisto.
E continuo. Do jeito que dá, do jeito que der.
E ao menos por enquanto, é assim.

do que fica.

E com o passar do tempo, que vai passando com a vida, o que tem ficado em mim é cada vez mais intenso. Cada vez mais meu. Pelos caminhos que percorro, ao longo dessa viagem sem destino, o que trago na bagagem tem sido cada vez mais leve. E doce. Na mala, não acumulo mais sentimentos, nem pesos desnecessários. A cada parada, me recomponho, refaço. Desocupo lugares, reorganizo os espaços e acomodo o que segue comigo na viagem.
Tenho deixado somente o essencial.
Por onde passo tenho guardado todos os sorrisos e os abraços que encontro. E para estes há sempre um espaço vazio. Tem sempre um espaço.
Esperança e fé eu carrego no bolso, pra que estejam sempre ao alcance das mãos nas horas mais difíceis. Carrego  um pouquinho de sol no coração e um punhado de estrelas nos olhos. Pra que o coração nunca esfrie e o olhar nunca perca o brilho.
Tenho tido bastante paciência ao longo da estrada.
Aprendi a respirar fundo. A controlar minha ansiedade e a me controlar, sem desrespeitar os meus limites.
A viagem é longa, assim espero, e a vontade de caminhar é cada vez mais forte. E pelo caminho, a mala que sempre se recompõe, tem ficado cada vez mais cheia e cada vez mais leve. Carrego comigo só o que é verdadeiro.
O que não pesa no coração.
E o que fica em mim, é cada vez mais, meu.
E é o que realmente importa.

ser feliz, é de graça.

Minha felicidade não está num par de sapatos ou numa bela roupa, minha felicidade é despida, desarmada.
Se veste de sorrisos e calça a simplicidade.
Eu não preciso de muito, nem de muita coisa. O pouco pra mim já basta.
O pouco que dentro da gente vira muito, que transborda até a alma.
As melhores coisas da vida não tem preço e eu não quero me cobrir de ouro, nem de  prata,
quero mesmo é me cobrir de amigos, de carinhos, qualquer coisa, que não seja falsa.
Quero tudo o que for verdadeiro, que tenha o cheiro da sinceridade.

Porque eu gosto, mesmo, é das pequenas coisas, dos pequenos detalhes.
De chegar ao fim do dia e agradecer pelo dom da vida. De sorrir, de brincar, de ser eu a qualquer hora.
Ser feliz sem hora marcada.
Porque minha felicidade é coisa barata. (em qualquer esquina eu encontro, e é de graça.

(re)descobrindo em mim.

                                                                                        Tem sempre mais de mim por aí.
Quanto mais eu me encontro, mais eu vejo que tem sempre mais pra encontrar.
Eu vivo me perdendo só pra poder me achar.
Vivo brincando de esconde-esconde comigo. E tem sido cada vez mais divertido.
Gosto de me perder. E gosto mais ainda de encontrar.
Sou sempre pedaços, sempre incompleta. Sou cheia de espaços em branco, e linhas tortas prontas para serem  escritas. Estou sempre me redesenhando, sempre encontrando novos contornos para poder me encaixar.
Gosto de me (re)descobrir.
E perceber que em mim sempre falta um pedaço, que espera pra me encontrar.

prático.

E quer saber?! Eu já me acostumei.
Eu já me habituei a ver as coisas não darem certo. Ando bem resolvida com as minhas frustrações.
Eu aprendi a ver sempre os dois lados de cada situação. E saber esperar por qualquer um deles.
Sem decepções.
É que agora eu ando bem realista. E olha, faz um bem danado pro coração! Evita mágoa, evita trauma, evita desilusão.
No mínimo, evita um estrago maior dentro da gente.
E isso não é falta de otimismo, não! É senso, mesmo.
Eu continuo otimista, vejo sempre o lado bom das coisas, mantenho sempre a esperança, e a fé, mas eu não deixo de pensar nos ventos contrários. É que eu preciso aprender a lidar com eles, sempre. Preciso aprender a re(a)mar contra a maré. A ser cada vez mais forte.
Porque se caio, levanto, ponho um sorriso no rosto, e sigo em frente. Sempre.
E pouco me importa o que não deu certo, me importa é o que ainda vai dá.

alegria.

E tem dias que eu fico assim, alegre. Alegre, e só.
Uma alegria sem tamanho. E sem explicação.
Não há coisa melhor que acordar com um sorriso estampado no rosto, e a esperança brilhando nos olhos.
Não tem coisa melhor que gostar de viver. E viver.
Hoje, eu acordei assim, carregada. Com o coração pesado, cheio
de tanta coisa boa.
   Por isso, hoje eu vou sair por aí distribuindo sorrisos. Os mais bonitos.
                        Vou pintar o céu de cor-de-rosa, e colorir o meu dia com a cor-da-alegria.
                  Vou sair por aí pintando o sete. Pintando a vida, com todas as cores. Multicolorida.



em frente, sempre.

Ainda bem que tudo passa. Inclusive essas sensações de que nada vai dar certo. Andei com uma vontade enorme de desistir das coisas, mas agora a minha vontade é de ficar. E de seguir. Não importa o que aconteça.
Fiz um esforço danado pra manter minha esperança de pé. E consegui.
É que eu também tenho meus momentos 'out', mas agora eu estou 'in' de novo.
E com a certeza de que tudo vai dar certo. (Mais uma vez. Sempre.)
É que eu prefiro acreditar que vale a pena. E acreditar que eu posso ir sempre mais além.
Acreditar que eu, posso.
Tenho meus tombos, meus tropeços, mas eu já aprendi a levantar. Aprendi a sacudir a poeira e continuar a caminhada. Eu vivo aprendendo isso. Eu vivo de aprender. E aprendo vivendo. E vivo aprendendo. Assim, num ciclo que nunca se acaba.
E por isso eu continuo. Sempre.
Certa de que é sempre melhor seguir, que ficar.
                                                        ~Abrindo sorrisos, pra que se abram os caminhos.



nada bem.


É que hoje eu não estou naqueles dias 'estou de bem com a vida'. Hoje eu não estou de bem com nada. Também não estou de mal de ninguém. É que eu apenas não estou bem comigo mesma. E eu me permiti ficar assim. Por mais que eu não concordasse, por mais que isso fosse contra a minha filosofia de vida, é, eu adotei uma filosofia de vida sim, é tipo assim, eu supero tudo, suporto tudo. E uma hora tudo fica bem. E dá certo. Quase sempre.  Mas hoje, hoje eu me permiti ser fraca. E eu confesso, eu detesto! Mas ainda assim me permiti. Porque eu preciso aprender a lidar com minhas fraquezas, e preciso delas. Porque os meus sentimentos são livres para sentirem, e eu me deixo sentir. E hoje eu me senti assim.

Mas eu não me rendi. Não! E, olha, eu tô fazendo uma força danada pra não desistir, não agora.
Porque eu ainda acredito. Eu acredito sempre. Até mesmo no impossível. Até mesmo no improvável.
E mesmo que não dê certo no final, quero poder me orgulhar de ter ido até fim.
E quando eu chegar lá, ter coragem pra poder recomeçar. Sempre.

Esperas não.

Quando a gente menos espera as coisas acontecem. Digo quando a gente não espera, é que as coisas acontecem. Porque ter esperança é diferente de esperar. A espera vem sempre carregada de ansiedade e ansiedade sempre atrapalha. A esperança não. A esperança acalma, consola, é aquele desejo que descansa lá no fundo do coração, quietinho, calado, apenas sussurrando 'não desista' . Ao menos para mim, é assim.
A espera é desassossego, desespero. Esperança não. Espera paralisa, angustia, Esperança não.
Esperança te leva pra frente, te empurra pra cima, te faz acreditar sempre e mais uma vez.
Esperança é força que nunca acaba, flor que sempre (re)floresce.
Espera não.
Espera é um dia nublado, já esperança é um dia ensolarado. Cheio, cheiinho de sol.

                                                                [Por isso eu vivo de esperanças. E não de esperas.]

assim do nada.

.E de repente, assim, do NADA, me aparece uma alegria.
E eu adoro quando essas sensações me consomem sem explicação. Quando a vida me joga na cara que toda hora é hora de ser feliz. Eu danço qualquer canção, eu canto, pulo, me visto com o meu melhor sorriso e vivo com todas as delícias do verbo viver.

restos.







E daquela noite nada restou, senão a xícara sobre a mesa. Ela ainda tinha seus lábios desenhados, e um resto de café, misturado ao gosto amargo da saudade que você deixou.
E deixou, também, tudo fora do lugar. O pensamento, o sentimento, o coração.
Nada em mim se assemelhava ao que eu era antes de você partir.
Porque tudo em mim era diferente quando eu sentia o teu toque sobre mim, a tua mão, teu calor.
Eu não me preocupava com o que ia acontecer dali pra frente. Dali pra frente éramos só eu e você.
Nada mais.
...E num momento de distração você se foi.
Deixando apenas os restos de quando éramos um só.


arrumando as gavetas,



Hoje eu resolvi arrumar as gavetas, haviam muitas coisas fora do lugar, e eu precisava colocar em ordem. Comecei a arranjar as coisas devagar e de repente eu percebi que arrumava também as gavetas do coração. Eu havia me esquecido que esse tipo de arrumação sempre vem carregado de surpresas. Tem sempre uma lembrança esquecida, uma recordação escondida, aquelas que um dia a gente fez questão de esquecer, ou que não tivemos coragem o suficiente para nos desfazer, ou guardamos na esperança de relembrar.
Ou guardamos apenas.
Sem nenhuma intenção.
Junto com os objetos revirei minhas lembranças. E o coração não sentiu nada além de paz. Retirei toda poeira para ter certeza de que aquelas lembranças haviam realmente tornado-se passado. Desses que passou de verdade. Pra ter a certeza de que meu coração estava certo do que sentia. E ele continuou. Quieto, calado. Seguro de si. Não houve nada. Nem mesmo vontade de me desfazer. Foi aí que eu me dei conta. A gaveta do coração se ajeitara por si só. Talvez o tempo tenha dado uma forcinha, talvez eu o tenha feito sem perceber, mas o fato é que agora eu sabia que as coisas, digo, as coisas do coração, estavam realmente em seus lugares.
Devolvi as lembranças às gavetas do coração, deixei tudo como antes, cada coisa em seu lugar. Pedaços de uma história em construção. Retratos do passado que passou, recordação dos caminhos, de uma vida. Lembranças. Fechei . E voltei a arrumar as gavetas, agora aquelas que a gente guarda coisas, não o coração.

Ajeito, do meu jeito.

Eu não vou me desesperar, não vou exasperar, não vou gritar, nem puxar os meus cabelos. Não vou,
não vou mesmo!
Eu tenho calma. E tenho fé.
Eu sei que uma hora tudo se ajeita, que tudo se encaixa. Que tudo (re)toma o seu lugar.
Tá, eu não vou fingir que está tudo bem, não vou compor um sorriso qualquer e estampar no meu rosto.
Não vou fantasiar uma alegria, nem falsificar felicidade.

Não vou usar de dramaturgia pra querer parecer que a vida está bem, pra dizer que está legal assim. Não vou.
Eu resolvi fazer de um jeito diferente.
Eu encaro, reparo, e sigo em frente.

.O que tiver jeito eu ajeito, o que não tiver jeito pra dar, deixo pra lá.
                                                                                                          [Vai ser assim. Do meu jeito.]

Pra (re)começar na dose certa.

Porque a  vida é cheia de recomeços, e é importante recomeçar, sempre, de um jeito diferente.
É preciso aumentar a dose.
A dose de carinho, de amor, de fé. É preciso redobrar a dose de esperanças, de sorrisos, de sonhos.
É preciso ter tudo na dose certa da felicidade.
É preciso preencher os dias com mais doçura, carregá-los com mais leveza. É preciso caminhar despreocupado, sem pressa de chegar. É preciso além de tudo, uma boa dose de paciência, que é pra fazer o recomeço chegar até o final. É preciso ser paciente. Com a vida, com as pessoas. E, principalmente, com a gente mesmo. É preciso compreender os nossos processos, e aprender a lidar com eles.
É preciso, mesmo, e de verdade, é de uma dose gigantesca de vontade. De viver, de ser feliz.
.Vontade de (re)começar e fazer tudo diferente. E melhor.