fazer o quê se eu sou assim?!

Quer saber?! Eu sou péssima em guardar mágoas. Acho que eu não aprendi ou não quis aprender, sei lá. O fato é que, pra falar a verdade, isso não me incomoda nem um pouco. Me economiza tempo, vida e um espaço enorme no coração. Não gosto de ficar me ocupando com ressentimento.

É que eu gosto de sentir, não de ressentir.

Tem certas coisas que é melhor deixar pra lá. E eu deixo.

Eu tenho essa mania, de carregar comigo só o que é bom e o que faz bem. Pra alma e pro coração.

Tudo o que não vem acompanhado com um sorriso faço questão de descartar.

A verdade é que não tenho tempo pra essas coisas.

Eu ando com muita pressa, vivo com muita pressa, tenho, mesmo, muita pressa!

Meu relógio anda sempre adiantado.

Tenho um compromisso inadiável com a FELICIDADE. E não posso me atrasar. 

manias.

Eu não tenho o comando sobre o tempo, não sei até que ponto eu posso interferir no meu destino- se é que posso- eu não sei por quanto tempo, por quanta vida tudo ainda existirá, mas eu insisto em sustentar em mim essa mania de acreditar.
E eu acredito. Na vida. No futuro.
Eu não tenho medo das incertezas, nem das surpresas que me esperam pelo caminho. Desde que eu tenha forças o suficiente para seguir e vida o bastante para viver cada passo que eu der. Eu não me importo com as pedras, com as perdas, com as frustrações- sou (quase) bem resolvida nessas matérias de atravancos. É claro que caio, tropeço, tenho vontade de desistir, mas aprendi a levantar como ninguém. E quer saber?! Depois de tantas quedas tenho levantado cada vez mais firme.

É por isso que eu não me preocupo. E continuo com essa mania insistente de querer acreditar.
E acreditar, cada vez mais, que o que estar por vir pode ser ainda melhor. Pode ser o melhor.

-Eu acredito. É só. E me basta (ao menos por enquanto).-

estrelas.

Essa noite mais uma vez eu olhei pro céu. E como quem procura algum sinal eu olhava as estrelas.

No fundo eu acreditava que você chegaria trazendo elas no olhar. Faz tanto tempo que você se foi,

mas as estrelas continuam insistindo em me dizer que você vai voltar. Eu, boba, acredito. É que eu sou feita de esperanças que nunca se acabam. E de uma certeza inconfessável de que você vai regressar.

Essa noite, mais uma vez eu te procurei. Mas eu não desisto e amanhã novamente eu insisto.

Continuarei olhando para o céu.

E enquanto você não vem eu coleciono estrelas. E esperanças. E esperas.

 Esperando para ser estrela quando você quiser ser meu céu.

E eu não desisto.

Continuo insistindo em dizer que vale a pena. Continuo fazendo todos os malabarismos para  manter minha esperança de pé. E a fé sempre viva dentro de mim. 

Limpo meus pensamentos de tudo o que é negativo, livro meu coração de todas as más intenções.

E sigo. Acreditando.

Mesmo fazendo esforço. Mesmo lutando, mesmo achando que está difícil - e tem horas que parece cada vez mais difícil- mesmo com todos os pesares e apesares. Mesmo contra a maré, eu continuo remando.

E tentando. Tentando não perder o brilho e a fé que me acompanham. Tentando para conseguir.

Porque eu acredito que é assim. Para acontecer é preciso, antes de tudo, ACREDITAR.

sinto(nia)

É incrível nossa sintonia.
A gente vibra na mesma frequência, vive na mesma frequência.
Sente na mesma frequência.
Só você entende minhas palavras e consegue ouvir o meu silêncio e o meu coração.
Só você sabe ler os meus sinais. E a falta deles.
Me decifra. Me decodifica. E me traduz nas entrelinhas.

E nossas linhas se unem tornando-se uma só.

Assim, numa sincronia perfeita.

o que (não) quer calar.

Eu teria tanto pra falar se meu coração deixasse. É que tem coisas que ele cala, outras que ele não fala. Ainda há tanto aqui dentro de mim. Eu queria transformar tudo em palavras e expulsar do meu coração essas sensações de não saber. É que me enchi de sentimento aqui dentro. Coisas que eu não sei explicar. Que não tem explicação.
Tem horas que eu pareço não me caber e só o que tenho vontade é de me livrar.
Dos sentimentos. E de mim.

da falta.

Meu coração reclama da falta e do vazio que ficou. Mas, não, não é saudade, não é vontade de voltar e (re)viver. É apenas, o sentir, a ausência do que nunca foi. E que agora faz falta.

É que depois que as verdades se transformaram em mentiras elas se dissolveram dentro de mim. As verdades de papel se desmancharam com as lágrimas. Viraram nada. E depois disso eu tratei de tirar do coração tudo o que não me fazia bem. Tudo o que não era verdadeiro. Tudo o que não era. E acabei ficando com um vazio enorme. É que as mentiras preenchiam tanto espaço, que agora eu sinto falta. Não das mentiras! Mas das verdades que poderiam ter sido ditas. E vividas. É disto que eu sinto falta. Do que não foi e deveria ter sido. Poderia ter sido. Se fossem verdades.

[E agora eu tô tentando preencher esses interstícios

 com tudo o que é bom, bonito e verdadeiro, que encontro por aí.]

que eu não me perca.

E que eu não me perca no meio do caminho.
Não quero perder tempo tentando me reencontrar.

                                                            [Eu sei que a vida ainda não aprendeu a me esperar.]

   



   

colorir.

E eu continuo pintando a vida.
É que mesmo nos dias nublados eu cuido pra que haja um arco-íris
pincelado no  meu céu azul felicidade .

É que eu gosto de dias sempre coloridos.

Cheios de cores. Cheios de vida.

um pouco de desap(EGO).

Eu queria te dizer pra não se preocupar. Eu já sei me cuidar. A vida me ensinou MUITA coisa e tá dando para eu me virar. Como posso. E como dá.E quanto ao meu coração, fique bem sossegado. Eu já tratei de esvazia-lo. Quero dizer, só deixei o que REALMENTE importa. E na verdade é só isso, mesmo, o que importa. Saber dar importância ao que merece. E a quem merece.

Ah, e eu queria dizer também que, agora, eu prefiro seguir sozinha. Na boa, na minha, sem ninguém para atrapalhar. 

É que tem horas que eu prefiro assim.

Tem dias que só o que eu preciso é de um pouquinho mais de mim.

[Por inteira].

Todos os dias entrego-te os meus caminhos.

E eu, tenho andado por estradas cada dia mais bonitas.
Não pela paisagem, mas pelo meu jeito de olhar.
É que a Tua presença me faz enxergar, TUDO, de um jeito diferente.
E eu me sinto segura. Protegida.
E não temo. Só tremo. Mas, de pensar em seguir sem Ti.

É que só na Tua presença eu sinto PAZ.

um punhado de amor.

    Hoje eu te trouxe amor. Numa porção que nunca se acaba.

  

faz de conta.

Hoje o dia se pintou com todas as cores e se embalou numa cantiga de roda que gira sem parar.
As nuvens, hoje, são de algodão doce. E tudo é doce. Inclusive a vida.
Eu aproveito, não perco tempo. E me sujo, me lambuzo. E me divirto. É que eu adoro doce!
Hoje, tudo cheira a esperança e tem sabor de alegria. De nostalgia.
Então, tomo a vida pela mão e a levo pra brincar. E a gente brinca de esconde-esconde, de pega-pega.
E ela me pega. De jeito. Sem jeito. De tudo quanto é jeito. E eu adoro.
Hoje, eu volto ao passado só pra lembrar, que o que ficou lá atrás continua aqui dentro.
Ainda continuam vivos os sonhos, a alegria, a esperança.
E eu faço de conta que sou criança,

largo tudo e vou brincar. De ser FELIZ.

com (c)alma.

        A vida acelera, me cobra, eu me rendo, me jogo, me deixo, mas vou com calma, com a alma.

Vou tentando seguir o ritmo sem me perder pelo caminho. Fico atenta, alerta. É que eu não quero tropeçar, não quero parar, nem perder tempo. Não quero desperdiçar vida. Nem vontade de viver. Eu quero ver a vida acontecer. Deixá-la acontecer. Acontecer junto com ela. Quero me carregar do que é leve. Me cercar do que faz bem. Criar laços ao invés de nós. Seguir caminhos ao invés de atalhos.
Quero por inteiro e não pedaços.

Não quero me prender. Nem me perder ( pelo caminho).

Quero passagem livre, caminho aberto, estrada incerta e um destino certo.

Todas as linhas convergindo para um único ponto, toda história se encaminhando para um único fim.

                                                                                                                   Apenas um final. Feliz.

tecendo a vida.

E o meu destino dá tantas voltas que às vezes fico tonta. Volta e meia me vejo embaraçada nesses fios de tempo e de vida, que vão bordando meu caminho, costurando minha história quase sem que eu perceba. Quando me dou conta já está tudo confeccionado. Vezenquando ainda dá pra desfazer um nó aqui e outro acolá. Dá ainda pra puxar o fio e desfazer a costura, e refazer tudo de novo. De um jeito novo. Às vezes dá pra corrigir algumas imperfeições. Algumas. Às vezes.
Mas eu não reclamo dos nós que ficam pelo caminho, não. Vou deixando seguir o caminho. Alinhavando , guarnecendo, pintando. Cerzindo os retalhos de vida que vou tecendo pelo caminho.
Vou enfeitando do jeito que posso, do jeito que quero, que dá.
Faço da vida minha veste mais bonita, me visto dela, pinto e bordo. Sem medo de errar.

prefiro levezas

E eu, continuo caminhando. E pelo caminho continuo esbarrando. Em flores, em pedras, em verdades. Verdades por vezes escondidas, caladas dentro mim. E dentro de mim há tantas verdades ainda. Dessas que merecem ser ditas, mas na verdade nem tão necessárias.  É que tem coisas que é melhor calar dentro da gente. Que calada não incomoda, mas que dita fere. E às vezes é mágoa desnecessária. É melhor passar por cima, fingir que não vê, esquecer que ouviu. É que eu prefiro viver em paz. Principalmente, em paz comigo mesma. Não quero desperdiçar palavras com o que não vai fazer bem. Nem a mim, nem a ninguém. Do que é preciso ser dito, digo apenas o necessário. Economizo julgamentos, ofensas, opiniões que não acrescentam. Isso, ao menos tento.

Prefiro as palavras que acalmam, que semeiam sorrisos, que transbordam levezas.

Que trazem alegrias ao invés de tristezas.

refloresço.

Eu vivo de renovações. E de me renovar a cada dia.
Me refazer e reconstruir tudo que há em mim.
Gosto de renovar as energias, as sensações, as esperanças. Principalmente, as esperanças.
É que a vida exige muito. Me gasta muito. Me consome muito. E às vezes me esgota. Me desagasta.
Aí eu preciso ser renovada. Preciso ser regada mais uma vez.
E me deixar (re)florescer, de sorrisos e esperanças. Novinhos em folha.
Renovo-me. Refloresço. Encho-me de flores. E renasço em uma nova primavera.
Carregada de novas esperanças. Carregada. E cheia. De VIDA.

palavras

-E que não me falte, NUNCA, espaço e tempo
pra que as palavras gritem em silêncio dentro de mim.

-Que meu coração nunca se cale , quando minhas palavras quiserem falar.-

leve e solto.

E agora eu vivo assim. Carregada de levezas.

Cheia do que é bom e do que faz bem.

Ando com um sorriso à toa, desarmado e solto,

 que agora vive dando o ar da 'graça' por aí.

passos marcados.

Às vezes a vida dispara.
E eu acho bom quando a vida é vivida de verdade, quando não sobra espaço pra nada.
E de repente eu já nem percebo. O dia passou. A noite se foi.
Mas depois eu sempre me deu conta. Foi tudo tão rápido. Mas foi tão bom.
Porque os melhores momentos da vida são mesmo breves.
Mas as lembranças são sempre intensas. Ficam cravadas no coração.

E que bom que a vida corre deixando as passadas marcadas em meu coração. É que volta e meia eu sigo o rastro das lembranças pra tentar (re)viver tudo outra vez.