Deixo-me.
Abandono-me entre mim e eu, entre os meus vários jeitos e gestos, entre afirmações e incógnitas do meu ser.
Lanço-me na multiplicidade de ser eu, nas minhas várias vidas, nos meus vários vultos. Abandono-me.
E no momento que sou já deixei de ser. Agora são outras falas, outros risos, outros corpos, outras coisas. O que eu era já não me cabe mais.
A alma cresce dentro de mim. Os sentimentos transbordam. O coração deseja. E cada vez mais.
São necessários novos trajes, novos cantos, novos contos, novas cores. É necessário o novo. E de novo, e de novo.
Deixo-me. Vou deixando cada pedacinho de mim, marcando os caminhos por onde passei, marcas do corpo no qual eu habitei. Cada gosto, cada gesto, cada traço. E entre os caminhos, entre os vários lugares por onde vou, a cada passo, a cada sopro, vou me abandonando por entre as trilhas que me trilham e que me fazem ser o que sou. Ser eu. Dentro da minha unimultiplicidade.
Sobre o amor que fica...
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É difícil aceitar o fim de um amor que foi bom, daqueles que aquecem a alma
e tornam os dias mais leves, mas que, por mãos que não pertencem a nós, se
pe...
Há uma semana
Amei a foto e amo a sua unimultiplicidade, seu jeito de dizer como se 'dribla' a vida.
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